

Vencedor austríaco do Eurovision defende exclusão de Israel da edição de 2026
O artista austríaco JJ, vencedor do último Eurovision, lamentou que Israel ainda esteja no concurso apesar de sua ofensiva em Gaza e disse que gostaria de ver a exclusão do país, em uma entrevista ao jornal El País publicada nesta quinta-feira (22).
Este campeonato de canções idealizado pela União Europeia de Radiodifusão (UER) tem sido muito criticado por permitir a participação de Israel, apesar da guerra devastadora na Faixa de Gaza.
A Rússia não tem permissão para participar do concurso desde que iniciou sua invasão da Ucrânia em 2022.
"É muito decepcionante ver que Israel ainda está participando do concurso. Gostaria de ver o Eurovision no próximo ano em Viena e sem Israel. Mas a bola está no campo da UER", disse o cantor de 24 anos.
"Nós, os artistas, só podemos levantar nossas vozes sobre o assunto", acrescentou.
JJ, o nome artístico de Johannes Pietsch, também pediu "mais transparência na votação pela televisão", depois que o cantor israelense Yuval Raphael conquistou o segundo lugar.
O concorrente israelense sobreviveu ao ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023 que desencadeou a guerra em Gaza, escondendo-se sob uma pilha de corpos durante o ataque dos milicianos islamistas no festival de música Tribe of Nova, no sul de Israel, onde mataram centenas de pessoas.
As declarações de JJ geraram controvérsia na Áustria, um dos maiores apoiadores de Israel na Europa, e o cantor pediu desculpas se seus "comentários foram mal interpretados", por meio de sua gravadora, a Warner.
A.MacCodrum--NG