

Bolívia vence Brasil (1-0) em casa e vai à repescagem da Copa de 2026; Venezuela é eliminada
A Bolívia derrotou o Brasil por 1 a 0 nesta terça-feira (9), em El Alto, cidade que fica a 4.150 metros acima do nível do mar, pela última rodada das Eliminatórias Sul-Americanas, e garantiu sua vaga na repescagem intercontinental para a Copa do Mundo de 2026 com a ajuda da Colômbia, que derrotou a Venezuela por 6 a 3 em Maturín.
'La Verde' subiu para a sétima colocação nas Eliminatórias, com 20 pontos, superando a 'Vinotinto', que permaneceu com 18 e viu o sonho de disputar sua primeiro Mundial chegar ao fim.
O Brasil terminou o torneio classificatório apenas na quinta posição, atrás de Argentina, Equador, Colômbia e Uruguai.
O gol histórico da vitória da Bolívia veio nos acréscimos do primeiro tempo (45'+4), numa cobrança de pênalti do meia-atacante Miguel Terceros.
A Bolívia volta a sonhar com uma Copa do Mundo após sua última classificação para o Mundial dos Estados Unidos de 1994, e agora terá pela frente um grande obstáculo: a repescagem.
A Fifa determinou que os playoffs serão realizados em março de 2026 e contarão com seis seleções disputando duas vagas. Haverá representantes da Ásia, África, América do Sul, Oceania e dois da Concacaf.
- Um pênalti para a história -
A Bolívia precisava vencer e torcer para que a Venezuela perdesse para a Colômbia em Maturín. Uma vitória ou um empate da 'Vinotinto' acabaria com qualquer sonho de Copa do Mundo para os bolivianos.
As partidas em El Alto e Maturín foram disputadas simultaneamente.
Vencer ou morrer. Essa era a premissa. A seleção da casa se pisou fundo no acelerador para pressionar ao máximo o time canarinho, sufocá-lo na altitude e buscar o gol o mais rápido possível. Mas o Brasil soube sofrer e resistiu.
Os ataques bolivianos aconteciam pela esquerda, com Gabriel Villamil e Moisés Paniagua, e pela direita, com Robson Matheus e Miguel Terceros.
O Brasil manteve suas linhas organizadas, sofrendo com a pressão da equipe adversária em alguns momentos do primeiro tempo.
Os jogadores de Carlo Ancelotti buscaram contra-ataques, por meio de Richarlison, que se mostrou voluntarioso, mas não conseguiram levar muito perigo ao goleiro Carlos Lampe.
Enquanto isso, a torcida local acompanhava com nervosismo o que acontecia em Maturín.
Nos momentos finais do primeiro tempo, a seleção boliviana finalmente comemorou. Roberto Fernández foi derrubado na área por Bruno Guimarães. Após consultar o VAR, o árbitro chileno Cristian Garay marcou pênalti.
Miguel Terceros cobrou e converteu (44'), apesar de o goleiro Alisson ter encostado na bola.
Os bolivianos foram para o intervalo com sorrisos no rosto, ainda mais quando as notícias da Venezuela anunciaram um empate por 2 a 2. Esse resultado temporário os mantinha na disputa.
- Ajuda colombiana -
Para o segundo tempo, Ancelotti ajustou suas linhas com diversas mudanças. Isso levou a um maior volume de jogo e mais ataques contra o gol boliviano. As entradas de Raphinha e João Pedro permitiram que a Seleção se desenvolvesse com mais eficiência.
Enquanto a Bolívia jogava de forma irregular, mas com ímpeto, os gols colombianos ecoavam nas arquibancadas aumentando as esperanças de classificação para a repescagem.
Na reta final da partida, a torcida se animou ainda mais ao saber que a Colômbia vencia a Venezuela por 6 a 3, acabando com as chances de reação da 'Vinotinto'.
Ao apito final, os jogadores foram ao delírio e todos se abraçaram em campo. Do banco, os reservas e o técnico Óscar Villegas correram para se juntar à comemoração, em meio a lágrimas e muita emoção.
Escalações:
Bolívia: Carlos Lampe - Diego Medina, Luis Haquín, Efraín Morales, Roberto Fernández - Miguel Terceros, Robson Matheus, Gabriel Villamil, Ervin Vaca (Héctor Cuéllar, 60') - Enzo Monteiro (Carmelo Algarañaz, 70'), Moisés Paniagua. Técnico: Oscar Villegas.
Brasil: Alisson - Alexsandro Ribeiro, Fabrício Bruno, Caio Henrique, Luiz Henrique (Estevao, 61')- Andrey Santos (Jean Lucas, 73'), Bruno Guimaraes, Lucas Paquetá - Vitinho (Marquinhos, 61'), Richarlison (Joao Pedro, 61'), Samuel Lino (Raphinha, 61'). Técnico: Carlo Ancelotti.
M.Sullivanv--NG