

Sinner nega ter recebido "tratamento preferencial" em caso de doping
O número 1 do mundo, Jannik Sinner, que deve retornar às quadras após uma suspensão de três meses por doping, negou as alegações de que recebeu tratamento preferencial das autoridades antidoping.
"Fui um pouco criticado por supostamente receber um tratamento diferenciado, mas isso não é verdade. Ninguém recebe tratamento preferencial", disse ele em entrevista à rádio italiana Rai, transmitida na terça-feira (29) à noite.
"Houve tantas audiências [das autoridades antidoping] que talvez elas me monitorassem mais do que os outros", continuou o italiano, que retornará às competições durante o Masters 1000 de Roma (7 a 18 de maio).
"Não quero responder ou reagir [às críticas]; são livres para dizer o que quiserem e julgar as pessoas. Para mim, o que importa é que eu saiba o que aconteceu. Foi difícil, e não desejo que ninguém passe de inocente a viver o que eu vivi", acrescentou o campeão do último Aberto da Austrália.
Após testar positivo para clostebol em março de 2024, Sinner explicou a presença do esteroide anabolizante nas amostras como contaminação acidental, resultante de uma massagem recebida de um membro de sua equipe.
A Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA) inicialmente não impôs uma suspensão a Sinner. Mas a Agência Mundial Antidoping (Wada) recorreu, expondo o italiano a uma suspensão de um a dois anos, antes que os dois lados chegassem a um acordo em fevereiro para cumprir uma sanção de três meses, que terminará em 4 de maio.
Este acordo foi criticado por várias tenistas, tanto aposentados quanto em atividade, assim como por sua compatriota e campeã olímpica de natação Federica Pellegrini.
"Na minha opinião, quando há contaminação, como aconteceu comigo, ou se você absorve algo enquanto come sem perceber, como pode acontecer, e se os médicos dizem que isso não lhe dá mais força ou lucidez, a história é outra. Existe todo um protocolo", insistiu Sinner.
"Foi muito difícil para mim aceitar essa suspensão de três meses, porque, na minha cabeça, eu não fiz nada de errado", confessou.
O.Ratchford--NG