

TikTok lança nos EUA ferramenta de verificação de informações pela comunidade
O TikTok lançou nesta quarta-feira (30), nos Estados Unidos, um sistema de verificação coletiva, tornando-se assim a mais recente plataforma digital a adotar uma abordagem comunitária para combater a desinformação na internet.
"Footnotes" é uma função que o popular aplicativo de vídeos começou a testar em abril. As "notas de rodapé", em português, permitem que usuários autorizados adicionem contexto a vídeos que possam conter informações falsas ou enganosas.
A ferramenta funciona de forma semelhante ao recurso "Notas da Comunidade" da rede social X (antigo Twitter), posteriormente copiado pela Meta em suas redes Facebook, Instagram e Threads.
"Footnotes baseia-se no conhecimento coletivo da comunidade TikTok e permite que os usuários adicionem informações relevantes aos conteúdos", explicou Adam Presser, chefe de operações, confiança e segurança da plataforma, em uma publicação do blog oficial.
"A partir de hoje, os usuários dos Estados Unidos no programa piloto Footnotes podem começar a escrever e avaliar notas em vídeos curtos, e nossa comunidade nos Estados Unidos começará a ver aquelas consideradas úteis, e também a avaliá-las", acrescentou.
O TikTok afirma que cerca de 80 mil usuários nos Estados Unidos, que mantiveram uma conta por pelo menos seis meses, foram qualificados como colaboradores do Footnotes. O aplicativo tem cerca de 170 milhões de usuários no país.
Essas notas, segundo o TikTok, se somarão às atuais medidas de integridade da plataforma, como a rotulagem de conteúdos que não podem ser verificados, bem como a parceria com organizações de verificação de fatos, como a AFP, para avaliar a precisão das publicações.
O aplicativo alertou que pode levar algum tempo para que uma nota se torne pública, à medida que os colaboradores se familiarizem com a função.
"Quanto mais notas de rodapé forem escritas e avaliadas sobre diferentes assuntos, mais inteligente e eficaz será o sistema", estimou Presser.
As plataformas digitais estão cada vez mais recorrendo a um modelo baseado na comunidade de usuários como uma alternativa à checagem profissional de fatos.
F.Coineagan --NG